quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cancún


Depois de planejar e desplanejar inúmeras vezes, muitas delas pela necessidade de visto, desta vez a gente vai...

Cancún foi o destino escolhido para comemorarmos nosso sexto aniversário de casamento, no dia 26 de fevereiro de 2011.

Já estamos contando os dias!

Abaixo, uma fotinho do mar em frente ao hotel (www.belaircancun.com).




Emirados Árabes - Dubai e Abu Dhabi







Desde que eu e o Kaká nos conhecemos, isto lááááááa em 1999, esta é a primeira viagem que faço sozinha. O motivo é a incompatibilidade de escolha do time do coração, uma daquelas coisas que não podemos – e não queremos- mudar. Isto porque um dos programas da viagem é exatamente acompanhar o Internacional no mundial de clubes, em Abu Dhabi, a vizinha de Dubai. Assim, chegamos a conclusão que a melhor companhia para esta viagem seria mesmo meu pai e minha mãe, colorados doentes como eu. Embora o Kaká torça para os azuis, foi ele um dos maiores incentivadores para que eu viesse. Ele sabe o quanto eu gosto de futebol e principalmente do meu Inter.

A novidade é que quem viaja junto, pela primeira vez, é o nosso filho, que está na minha barriga e que ainda não sabe nada sobre a rivalidade colorado x tricolor, mas não demora e ele também escolhe sua preferência. Mas vamos ao que interessa e ao que este blog se presta:

Se precisasse resumir Dubai em apenas uma palavra, com certeza seria LUXO!

As construções são muito modernas e diferentes de tudo que eu já conheci. Os arranha-céus de design único, muitas vezes construídos em dupla, como se um só não bastasse, tem um sistema de iluminação que os torna visíveis à noite, alguns até trocando de cor.

Agora no inverno, quando a temperatura fica em torno de 20 a 30 graus, é mais agradável. Acredito que no verão, quando a temperatura beira os 50 graus, provavelmente se justifique que até as paradas de ônibus tenham ar condicionado. Sistemas de irrigação percorrem a extensão das vias públicas, para que a vegetação se mantenha viva.

Dirigir aqui é tranqüilo, desde que se alugue um carro com GPS – mas ainda assim consegui me perder várias vezes. Só na Sheikh Zayed Road, que liga Dubai a Abu Dhabi, onde estão as principais construções, tem em torno de 18 pistas, fora viadutos, pontes, retonros, etc. Ah, e o preço da gasolina é demais: enchi o taque com apenas 70 dirham - 35 reais.

Os automóveis são lindos e limpos, é muito comum se ver Ferraris e Porsches circulando por aqui. Camionetes são a paixão dos árabes, em especial a Hummer e a Land Cuiser. Num estacionamento de shopping, fica difícil dizer qual eu não gostaria de ter...

Alguns poucos nativos usam burca – elas de preto e eles de branco. Até precisei usar uma pra entra numa mesquita. E olha que vou dizer: não tem nada de ruim e desconfortável. Por falar em nativos, vou ter que admitir: acho que fazem bem em proibir a venda de bebidas alcoólicas a não ser em hotéis. Penso que é exatamente por isso que não se vê qualquer tipo de violência nas ruas. Do mesmo jeito que não se vê pedintes, prostitutas e mendigos. O povo, de uma maneira geral – digo de uma maneira geral porque 90% são estrangeiros que vem trabalhar aqui – é tranqüilo e educado.

A moeda local, o dirham, vale a metade do real, então, para mim, tudo é barato por aqui.

Nos diversos shoppings, encontram-se todas as grandes marcas e, muito embora a moeda esteja desvalorizada em relação às principais moedas estrangeiras, vê-se que os árabes tem muito pra gastar. Além das grandes marcas, existem os souks do ouro, temperos, tecidos e perfumes, que é uma espécie de “Rua 25 de março” dos árabes, agora na posse dos indianos. Lá também se pode comprar falsificações.

Opções de lazer não faltam: jogos de futebol, golf, corridas de camelo, ski, safári no deserto, passeio de balão, show de golfinhos, teatro, cinema, praia, enfim, tudo que se possa imaginar, tem em Dubai – e se ainda não tem, provavelmente estão providenciando.

A comida é muito variada por aqui, existem restaurantes de muitas nacionalidades. O mais difícil mesmo é encontrar comida árabe. O mais próximo que cheguei foi comendo comida iraniana e libanesa.

E só para não pensarem que aqui é o melhor lugar do mundo, depois de todos os elogios que fiz acima, acredito que não se encontre comida típica árabe em Dubai porque NADA do que se encontra aqui é daqui, se é que me faço compreender.

Tudo que tem pra vender, tanto de usar como de comer, vem, principalmente, da Itália, da França e da China. Mas e quem se importa???

Não é por nada que há alguns anos, isto tudo era um deserto.

Mas com dinheiro, tudo se constrói.

Já que ilha tem de monte, em todos os formatos possíveis, dizem que vem por aí o maior parque de diversões do mundo, prometendo botar a Disney no chinelo. Vamos esperar para ver...

Ah, e para aqueles que acharam que eu iria encerrar sem falar do Inter, se enganaram!

Eu realmente não esperava ganhar da Inter de Milão, como também não esperava perder pro Mazembe. Mas, para alívio dos gremistas, aconteceu! É impossível que dê sempre tudo certo.

E se isto servir de consolo para a nação colorada, que assim seja: foi realmente bonito de ver a alegria dos africanos, um povo tão sofrido, tão desacreditado, que nem sabe como foi parar lá, só se deu por conta quando chegou à final, como nós no mundial de 2006!





Salvador - BA






Tinha muita vontade de ir à Bahia. Tinha. Não tenho mais...
Quando sobrou uma semaninha em agosto, loucos para fugir do frio do sul, resolvemos então conhecer Salvador. Infeliz idéia!

Fora os cartões postais da cidade, como o Pelourinho, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, que podem muito bem serem vistos somente pela TV, não há mais nada pra se ver lá.
Vou evitar falar mais a fundo sobre a cidade em respeito aos baianos e às pessoas que gostam de viajar para lá. Considero nossa ida à Salvador uma nulidade.

Não fosse a Praia do Forte, onde ficamos hospedados em uma linda pousada de frente ao mar (www.portodalua.com.br) teria me arrependido.



O que salvou também foi a passagem por São Paulo, onde encontramos nossos amigos gaúchos e paulistas para uma tradicional tarde de cerveja na Vila Madalena.


Tudo bem, não vou reclamar. Depois de tantas viagens boas, uma dia a gente acaba errando o destino!

A próxima, com certeza, será melhor!








segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Mi Buenos Aires querido!








Fiquei muito feliz de "ter" que voltar por Buenos Aires, uma vez que era para termos ido no Carnaval e acabou não rolando...
Agora, finalmente estávamos economicamente poderosos. Pudera, saido do Euro para o Peso a R$0,46.
Pra se ter uma idéia, pegamos táxi só para tomar café da manhã no Tortoni.

Fizemos os passeios tradicionais na terra dos hermanos: La Boca, Caminito, Palermo's, Porto Madero, Centro, deixando a Recoleta como ponto alto.
Foi aí que nos decepcionamos muito. Sabe aqueles muitos restaurantes que existiam na calçadão? Pois é, EXISTIAM.
Lembra do Shopping onde estava o Locos por Fútbol - bar de diversão garantida? Está em reforma há uns 3 anos, sem previsão de conclusão da obra. E o Locos por Fútbol? Virou um barzinho comum nas proximidades...
Como a curiosidade tende a me matar, resolvi questionar o taxista sobre as mudanças no bairro, depois de 2006, quando estivemos lá para o show dos Stones. Perguntei se era por causa da crisis. Ele, como todo bom argentino que se preze, disse que os restaurantes estavam todos lá, que não sabia do que eu estava falando, tampouco sabia da tal da crise. Hahahahaha, então tá!
Resolvemos ir ao Palermo Hollywood, este sim muito bonito e com muitos restaurantes.
Mas adivinha o que o FDP do hermano fez? Nos deixou no Palermo Soho, falando que lá era o Hollywood. Tá bom, sem crisis, estamos de férias!

Mais uma vez visitamos a feirinha de San Telmo e, desta vez, pagamos para fotografar a tia que canta "Put your money here". A simpática senhora não cansa de repetir: no money, no photos! Valeram as risadas!

No fim das contas, descobrimos que Buenos Aires não é tão bonita quando se chega da Europa. Já fazia alguns dias que não via sujeira nas ruas! Como diz meu amigo Roger: valeu a descompressão.


domingo, 25 de abril de 2010

O primeiro dos últimos dias em Paris

Alguns fatores: cinco minutos a mais na cama, a economia de andar de metrô e o vulcão Eyjafjallajokull, ajudaram ao ocorrido.

Quando chegamos ao aeroporto, o check-in já estava fechado. Em outras palavras, perdemos o vôo. Fomos até ao atendimento da empresa aérea e fomos informados que para o Brasil (qualquer cidade) somente havia lugares disponíveis a partir do dia 27. Bah, estávamos no dia 21 ainda!

Num raro momento de luz, tivemos a idéia de perguntar como estavam os vôos para Montevideo e Buenos Aires.

Achamos uma solução. Voamos no dia 23 para a Argentina e de lá, conseguiremos chegar na segunda ao Brasil.

Perdemos um vôo, mas ganhamos mais dois dias em Paris e dois em Buenos Aires.
Com isto resolvido, tratamos de procurar um hotel em Montmartre (a 200 metros do Moulin Rouge) e descansar a sambiqueira!

Aquele que seria o último dia em Paris

Último dia, hora de comprar lembrancinhas e dar a última espiada na cidade. Andamos por todo o centro, lojas de esporte, de cosméticos, roupas, etc...etc...etc...

Caminhamos e esperamos anoitecer. Comemos o nosso primeiro kebab, depois de um minuto de desespero. Até que não é tão ruim.

Ao anoitecer - que é bem tarde nessa época, algo em torno das 21h – estávamos subindo o elevador da Torre Eiffel. Foi uma boa pedida, nada de filas, mas o frio......

Lá de cima, a vista é espetacular. Realmente, estamos na cidade-luz. Ficamos até batermos queixo.



Embaixo, aos pés da torre, fumando um cigarro e tentando tirar fotos sem o monitor (lembram que ela quebrou?), escutamos uma gritaria. Olhamos para cima e a surpresa, a torre se iluminou com várias luzinhas piscantes. É emocionante. Isso foi pontualmente às 22h.



Depois seguimos para os pés do Arco do Triunfo, no final da Champs, para o jantar de despedida.

Eurodisney - Barbapapa

Bom, já que estamos aqui, não custava conhecer a Eurodisney. Dizem que ela fica em Paris. Realmente, propaganda é a alma do negócio. Negativo, ela fica em uma outra cidade, Marne-la-Vallée, o que obriga a uma viagem de uns 40 minutos de trem.

São dois parques: a Disney, propriamente dita e os Estúdios Disney. Como o movimento todo ia em uma direção, seguimos a outra, e economizamos uns bons minutos em filas (inevitáveis nesses parques).




O saldo foi positivo: boas gargalhadas, montanhas-russas (ao som de Aerosmith é melhor) e uma máquina fotográfica quebrada!

A partir de agora, fotos só com o velho visor aquele, sabe? O pequeno!


Algumas até que ficaram legais!

O fato pitoresco do dia foi comprar algodão-doce. Putz grila, como que se fala isso em francês? Em inglês? Em espanhol?

Tentamos e conseguimos, o diálogo foi num inglês sem-vergonha, mais ou menos assim:

- Oi, pode me ajudar?
- veremos....
- Procuro um doce, mas não sei como se chama. É tipo uma nuvem, tem bastante gente comendo isso. (claro que não hora não passou ninguém para a tradicional apontada).
- É Pink?
- Isso! Isso! – respondemos empolgados.
- Barbapapa!(com o R típico dos franceses – ou seja, se diz bahrrrrbapapá).

Imaginei que a mulher tava nos tirando. Como se fosse um hare-baba! Alguma expressão de lamento pela nossa ignorância. Mas não! BARBAPAPA é algodão-doce!
Sabendo o que procurávamos, foi mais fácil achar.

Depois, na hora de fechamento do parque, estávamos sentandos no meio-fio, vendo o movimento passar, comendo o procurado algodão. Dali em diante, nunca mais esqueceremos a tradução, já que TODAS, eu disse TODAS AS CRIANÇAS que estavam indo embora nos apontavam, olhavam para os seus pais, com aquela cara de “me dá” e diziam:

- BARBAPAPA!!!!!!!!!!